Um breve resumo sobre o que é o autismo

    O autismo é mais comum do que pensamos. De acordo com o Center of Disease Control, nos EUA, em março de 2020, a prevalência era de 1 a cada 54 crianças. No Brasil, não temos uma estatística assertiva, mas estima-se, de acordo com estimativas da ONU, que o nosso país tem cerca de 2 milhões de pessoas com autismo. Então, as chances de que alguém que você conhece tenha autismo é relativamente alta.

    O autismo é um transtorno do desenvolvimento. Por se tratar de um espectro, cada um tem suas particularidades, suas habilidades e seus desafios. Alguns não vão ter quase nenhuma dificuldade de socialização, por exemplo, enquanto outros vão precisar de suporte para a vida inteira. Por isso, é tão difícil entender.

Não dá para comparar uma pessoa que tem autismo com outra. Elas não vão ter as mesmas características.

    Muitas das pessoas com autismo não parecem, fisicamente, que tem algum transtorno. Por isso, existem tantas pessoas que passam a vida sem receber o diagnóstico. Por falta de conhecimento, não associam o que elas sentem ou a forma como enxergam o mundo como autismo. E por isso também, que muitos deles são mal compreendidos. As pessoas que não sabem do transtorno, os nomeiam como desobedientes, irritados, lerdos e assim por diante.

    O autismo afeta como eles se comunicam, como se relacionam com os outros e como se sentem com o mundo em sua volta. Expressões faciais, sarcasmo, linguagem corporal e entonação na fala podem ser muito difíceis de entenderem e também de desenvolverem. 

Por isso, quando fazem birra, muitas vezes é por falha de comunicação e não de comportamento.

    Para eles, o mundo pode ser um lugar muito confuso. Por isso, precisam de rotina. Muitas vezes, querem seguir sempre o mesmo caminho para a escola, a mesma organização de horários ou a o mesmo prato para comer. Isso os torna mais seguros. É por isso que mudanças ou ir para ambientes imprevisíveis é bem desafiador. Ao ir para uma festa por exemplo, não sabem quem vai estar lá e nem o que vai acontecer, podendo os deixar irritados.

    Não existe cura para o autismo. O autismo não se cura, se compreende. Existem tratamentos, por meio de intervenções individualizadas e com uma equipe multidisciplinar. Lembrando que quanto mais cedo a intervenção, melhor!